Aos poucos, ele emerge das paredes silenciosas, dos pensamentos infindáveis, das linhas intermináveis e das vozes distantes - já quase inaudíveis. Ele toma espaço na quietude e vai se tornando arrebatador. O tempo se consome lentamente com a sua chegada. Isso, porque você ainda é resistente ao que está acontecendo. Mas sua atenção vai deixando logo de ter valor, e então os minutos começam a correr, despretensiosos e incontroláveis... você fica completamente vulnerável. E os planos de fuga são já são inarticuláveis, porque a porta de saída ficou infinitamente distante entre corredores extensos e interligados, que mais parecem labirintos, nos quais você percorre incontáveis estantes, com livros e livros que vão passando na sua cabeça, enquanto você vai abandonando-a lentamente...
É aí que ele te abraça.